terça-feira, 10 de agosto de 2010

ventos históricos

Por JGeraldo


Domingo, 01 de agosto 2010: dia histórico em Paraisópolis. A arte harmonizou-se com a praça, com o vento e com todos moradores da cidade que saíram de suas casas movidos pelas "vozes da ventania".

O "É Vento na Praça" - evento cultural planejado e executado pelo Clube do Trem - foi um sucesso do princípio ao fim e atraiu crianças, adolescentes, senhores, senhoras, moças, rapazes, pessoas de todas as classes sociais, religiões, bairros e posições políticas.

A música, a pintura, a poesia, (re) uniram a cidade (dividida nas últimas eleições), animaram a praça, estimularam o comércio, trouxeram vida e inspiração, emocionaram e atraíram, inclusive, pessoas de outras cidades como, por exemplo, a poeta Lila Gondim que veio de Gonçalves para prestigiar o “É Vento na Praça” e disse: - "preciso comentar que foi uma delícia! Não imaginava que seria daquela forma, transpirei poesia naquele calor humano, naquela mineirice tão à flor da pele".

Durante o “É Vento na Praça”, pessoas comentavam que “Paraíso precisa de mais atividades desta natureza”. Concordo e espero que a Prefeitura Municipal – em conjunto com o departamento responsável por Lazer, Turismo e Cultura - parta para a prática após este exemplo concreto do coletivo de artistas paraisopolenses Clube do Trem, que conseguiu fazer muito com parcos recursos.

Para se ter uma ideia o show do cantor Edson na OPIS que não teve mais de 2 horas de duração custou cerca de R$ 40 mil aos cofres públicos. Já o “É Vento na Praça” que ocorreu das 14h às 23h custou ao Clube do Trem R$ 2 mil, ou seja, 20 vezes menos.

A OPIS é a maior festa da cidade e atrai milhares de pessoas todos os anos. Não é Edson ou Gian & Giovani que trazem todo este público, mas sim o espírito de solidariedade que está (ou deveria estar) no âmago das Olimpíadas Paraisopolenses de Inverno e Solidariedade.

Com o dinheiro público pago ao "Edson e você" poderíamos ter 20 eventos nos moldes do "É Vento Na Praça". Cabe a população reivindicar o que acredita ser melhor para a cidade. Afinal quem paga os impostos e escolhe os governantes? A resposta é óbvia. A ação nem sempre.

Eventos de grande porte como a OPIS são vitais para a atração de turistas e aplicação prática do conceito de solidariedade.

Por outro lado, acontecimentos de menor porte como o “É Vento na Praça” são necessários para melhorar a qualidade de vida da população, além de desenvolverem e fortalecerem o cenário artístico-cultural local e regional. Por isso, podem (e devem) acontecer ao longo do ano todo, todos os anos.

Nenhum comentário: